Páginas

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Crédito

Num mundo cada vez mais materialista, falar de crédito logo remete a questões financeiras. Afinal, o nossso "bendito" cartão de crédito é passaporte para o desejo saciado na sociedade de consumo atual. Por outro lado, crédito pode ser entendido como sinômico de confiança. Tal qual quando selecionamos informação tendo como referência a confiabilidade da origem da fonte. Confiança, crédito! Merece crédito o modelo de democracia representativa em que vivemos? Toda vez que vejo um carro de som bradando palavras de ordem, ao contrário, sou tomado de um profundo descrédito. As "recentes" denúncias de corrupção no país, a falta de credibilidade das insitituições corroboram e aumentam o rombo em nossas almas. Por ironia o mundo funciona atualmente em função da credibilidade, sobretudo do ponto de vista econômico. Acredito que você irá me pagar, então os juros são menores, se não acredito... Em que acreditar? Nas instituições? No governo? No mercado? Em nós mesmos? Evitando colocar a discussão numa dimensão metafísica, penso que o ser humano em suas possibilidades e limitações é quem pode reverter este quadro. Podemos inspirar confiança (ou não) nas pessoas através da nossa postura, dos nossos valores. Talvez a volta do vis-à-vis, do olho no olho, da conversa...
Enfim, precisamos de novos modelos institucionais, representativos e associativos. Precisamos urgentemente de voltar a acreditar.

Um comentário: