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quinta-feira, 8 de março de 2012

Leitura aleatória

O acesso livre à informação, a princípio, deveria ser uma grande "bandeira" dos bibliotecários. Por outro lado, constatamos muitas vezes, posicionamentos contrários (conscientes ou não) a este movimento na nossa classe. O fascinante mundo das editoras internacionais nos convida a entrar num mundo de brindes, jantares e reuniões importantes de toda a ordem. Precisamos prover informação, não há dúvida, mas para quem e qual alcance? Evidentemente, o serviço especializado por vezes engessa a nossa consciência e crítica dando a ilusão de que não somos agentes sociais. Mais grave ainda é, como servidores públicos, não dimensionarmos a  nossa responsabilidade como formadores (ou executores) de políticas públicas. Sendo extremamente redundante, é claro que este tema é utópico. A reversão do jogo de interesses das grandes editoras em escala mundial chega a soar como uma luta contra os "moinhos de vento". Kuramato, um "cavaleiro da triste figura", vem liderando este movimento no Brasil. Um dos últimos posts do seu blog inclusive, aponta o caminho dos repositórios institucionais das universidades como uma das alternativas para fortalecer o acesso livre à informação: http://kuramoto.blog.br/2012/03/08/acesso-livre-como-alcancar-o-acesso-livre-universal/
Talvez, estejamos diante de uma utopia da grandeza dos sonhos de Paul Otlet, contudo, a questão não é mais repertoriar todo o conhecimento e sim prover acesso igualitário ao mesmo. Por fim, é bom deixar claro que não se trata da supressão do direito autoral, pois o acesso ao conhecimento especializado publicado em revistas científicas provém da comunidade acadêmica, que em sua maioria, quer ver o seu trabalho legitimado e reconhecido o mais longe onde for possível alcançar.

Um comentário:

  1. Concordo plenamente!
    A repetição das atividades sem o pensamento e reflexão da importância de cada uma delas, e para quem as mesmas vão atingir, também age como elemento complicador nessa questão.

    Logo chegarei com um texto sobre a rotina e a repetição em máquina.

    Abraços!

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